quarta-feira, 20 de outubro de 2010
ABCZ recepciona estrangeiros de 20 países durante Congresso de Brahman
Os visitantes estrangeiros que estão em Uberaba (MG) participando do XV Congresso Mundial da Raça Brahman terão a oportunidade de conhecer, além das potencialidades da raça, a picanha do zebu brasileiro e bebidas tradiconais, como caipirinha, no Salão Internacional da ABCZ. No final do dia, serão feitas degustações desses dois produtos.
Os visitantes estão sendo recepcionados pelo Departamento Internacional da ABCZ. Eles participam de farm tours (visita a fazendas e centrais de inseminação da cidade), além das atividades do congresso. Até agora, mais de 500 estrangeiros de 20 países já passaram pelo Parque Fernando Costa, onde acontece o evento. O Congresso vai até o dia 24 de outubro.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
ABCZ realiza 1º Dia de Campo em Campo Grande (MS)
A capital do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, sediou no dia 14 de outubro o 1º Dia de Campo da ABCZ. O evento aconteceu no Malibu Confinamento, onde ocorre a 1ª Prova de Ganho em Peso (PGP) do Zebu (ABCZ/Nelore MS). Participaram do Dia de Campo mais de 100 pessoas, entre criadores, acadêmicos, professores universitários, profissionais da área. O gerente de Projetos do MAPA/MS, Celso Martins, e o presidente da Acrissul, Chico Maia, também participaram do evento.
A abertura do Dia de Campo foi feita pelo gerente do escritório da ABCZ em Campo Grande, Adriano Garcia, que fez uma breve apresentação sobre alguns números relevantes sobre a PGP da ABCZ/Nelore MS. Considerada a maior PGP do Brasil, a prova conta com 311 animais das raças nelore, guzerá, brahman e tabapuã, pertencentes a criadores dos estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Goiás. Em seguida, o gerente do PMGZ-Corte, Lauro Fraga, apresentou ao público uma palestra sobre o PMGZ (Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos) e suas Provas Zootécnicas. A Pfizer também apresentou uma breve mostra sobre os produtos usados no cronograma sanitário da PGP e, Ana Elisa Bardo, da PecUS, apresentou uma palestra sobre Avaliação de Carcaça através da Ultrassonografia.
O evento terminou com a apresentação dos animais participantes da PGP.
Diretores e superintendentes da ABCZ acompanham primeiro dia de farm tours do XV Congresso Mundial da Raça Brahman
Os diretores da ABCZ, Gabriel Prata Rezende e Frederico Diamantino, acompanhados do superintendente técnico da ABCZ, Luiz Antonio Josahkian e do coordenador do Colégio de Jurados da ABCZ, Mário Márcio de Souza da Costa Moura, prestigiaram o primeiro dia de farm tours do XV Congresso Mundial da Raça Brahman, que acontece no Parque Fernando Costa em Uberaba/MG, até o próximo dia 24 de outubro.
As primeiras visitas dos farm tours foram realizadas ontem (18/10), nas fazendas Duplo P e na Central ABS Pecplan. Além dos representantes da ABCZ, participaram do evento o presidente da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil, José Amauri Dimarzio e o deputado federal Marcos Montes. O primeiro dia de farm tour também foi prestigiado por dezenas de visitantes estrangeiros e criadores brasileiros. Hoje (19/10), o farm tour acontece na fazenda Morro Alto II, em Uberlândia/MG, durante todo o dia. Amanhã (20), será a vez da visita à Alta Genetics e a fazenda Querença.
Na central Alta Genetics, os visitantes conhecerão os touros participantes do PROBRAHMAN, primeiro teste de progênie da raça.
Mais informações: www.brahmancongress.com
As primeiras visitas dos farm tours foram realizadas ontem (18/10), nas fazendas Duplo P e na Central ABS Pecplan. Além dos representantes da ABCZ, participaram do evento o presidente da Associação dos Criadores de Brahman do Brasil, José Amauri Dimarzio e o deputado federal Marcos Montes. O primeiro dia de farm tour também foi prestigiado por dezenas de visitantes estrangeiros e criadores brasileiros. Hoje (19/10), o farm tour acontece na fazenda Morro Alto II, em Uberlândia/MG, durante todo o dia. Amanhã (20), será a vez da visita à Alta Genetics e a fazenda Querença.
Na central Alta Genetics, os visitantes conhecerão os touros participantes do PROBRAHMAN, primeiro teste de progênie da raça.
Mais informações: www.brahmancongress.com
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Superintendente da ABCZ participa na França do Sial 2010
Considerada uma das mais importantes feiras do setor de alimentos do mundo, o Sial 2010 começa no próximo domingo (17/10), em Paris, na França, mostrando as tendências de vários segmentos para os próximos anos. Para conhecer as novidades das indústrias de carne e de leite, o superintendente de Marketing e Comercial da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), João Gilberto Bento, visitará o Sial a partir do dia 18 de outubro.
Como a entidade definiu que seu tema de trabalho para os próximos três anos será “Qualidade e Tecnologia”, a visita à exposição francesa ajudará a alinhar os projetos da ABCZ com as tendências mundiais nessa área. “Será uma oportunidade de conhecer como empresas de todo o mundo estão trabalhando seus produtos em relação a pontos importantes, como embalagens, apresentação do produto, marketing, rastreabilidade e sustentabilidade”, informa Bento, que participará de várias palestras durante o Sial.
A feira, que acontece a cada dois anos, vai até o dia 21 de outubro no Parque de Exposições Paris-Nord Villepinte. Visitantes de mais de 185 países devem passar pelo recinto, que terá expositores de 101 países. A inovação na área de alimentos é um dos temas centrais da feira este ano.
Como a entidade definiu que seu tema de trabalho para os próximos três anos será “Qualidade e Tecnologia”, a visita à exposição francesa ajudará a alinhar os projetos da ABCZ com as tendências mundiais nessa área. “Será uma oportunidade de conhecer como empresas de todo o mundo estão trabalhando seus produtos em relação a pontos importantes, como embalagens, apresentação do produto, marketing, rastreabilidade e sustentabilidade”, informa Bento, que participará de várias palestras durante o Sial.
A feira, que acontece a cada dois anos, vai até o dia 21 de outubro no Parque de Exposições Paris-Nord Villepinte. Visitantes de mais de 185 países devem passar pelo recinto, que terá expositores de 101 países. A inovação na área de alimentos é um dos temas centrais da feira este ano.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Dinheiro Rural destaca entrevista do novo presidente da ABCZ
A edição de outubro/2010 da Revista Dinheiro Rural, traz uma entrevista com o presidente da ABCZ, Eduardo Biagi. A seguir, acompanhe a entrevista na íntegra!
DINHEIRO RURAL: Qual o principal desafio em presidir a maior entidade classista do setor pecuário mundial?
Eduardo Biagi: Os desafios são vários. O principal deles é fazer com que a ABCZ continue contribuindo para o aumento sustentável da produção mundial da carne e leite, através do registro, melhoramento genético e da promoção das raças zebuínas. O pecuarista tem demonstrado nos últimos anos um grande interesse em produzir de maneira sustentável e para nós da ABCZ a melhor forma de alcançar este objetivo é através, sobretudo, do melhoramento genético. Quando você utiliza a tecnologia necessária para a boa condução da pecuária a pasto, antecipa o período de abate e aumenta a produção por área, você consequentemente, caminha para a sustentabilidade do negócio. É nisso que a ABCZ vem trabalhando há anos, e é isso, que vai fazer a pecuária brasileira continuar sendo destaque em todo o mundo. Já somos referência em produção. Em um espaço curto de tempo, o Brasil será reconhecido também como referência em melhoramento genético.
DINHEIRO RURAL: Qual o tamanho do rebanho brasileiro sob responsabilidade da ABCZ?
Eduardo Biagi: A ABCZ é a entidade responsável pelo registro genealógico das raças zebuínas brahman, gir, gir leiteiro, guzerá, indubrasil, nelore, sindi e tabapuã, e ainda de alguns cruzamentos como o tababel e o guzolando. Nela estão registrados os animais que além de terem suas genealogias conhecidas, possuem as características raciais e morfológicas adequadas à sua raça. Atualmente, o rebanho nacional registrado na ABCZ é de aproximadamente 1,5 milhões de animais zebuínos. Quanto ao rebanho comercial, estima-se que no Brasil, aproximadamente 80% do rebanho nacional, tenha algum grau de sangue zebuíno.
DINHEIRO RURAL: Qual a participação das raças zebuínas na produção de carne e leite no Brasil?
Eduardo Biagi: Como disse anteriormente, 80% do rebanho nacional possui sangue zebu. Por isso, boa parte da produção total de carne e leite deriva dessa porcentagem de gado zebuíno. As raças zebuínas com aptidão de corte, especialmente, o nelore contribuem com quase a totalidade do que é produzido no país. Em relação ao leite, sabemos que a contribuição do zebu também é bastante expressiva, graças às raças com boa aptidão leiteira como o gir, o sindi e o guzerá. O gir, em especial, colabora de forma expressiva com a pecuária leiteira uma vez que o cruzamento com o holandês dá origem ao gado girolando, uma raça nacional que apresenta boa produtividade leiteira e adaptabilidade ao clima dos trópicos.
DINHEIRO RURAL: Quais os principais programas da ABCZ?
Eduardo Biagi: Os principais programas da ABCZ convergem para uma das prioridades centrais da entidade, como disse anteriormente: o melhoramento genético. Ano após ano estamos consolidando o Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ), ampliando as provas zootécnicas que o compõe, como as provas de ganho em peso e o controle leiteiro. Além disso, estamos promovendo anualmente a ExpoGenética, como uma forma de incentivar o produtor a utilizar os dados científicos gerados pelos programas de melhoramento do Brasil. Outro programa que é prioritário para nós é o Pró-Genética. Através dele, queremos transformar a qualidade dos rebanhos dos pequenos e médios produtores brasileiros, fazendo que as características produtivas do zebu cheguem às pequenas e médias propriedades em maior proporção. Além da melhoria dos produtos gerados por estes produtores, queremos melhorar a renda e a sustentabilidade da atividade.
DINHEIRO RURAL: A ABCZ tem se caracterizado pela implantação de ações conjuntas com associações de raça. Quais as que merecerão destaque em sua gestão?
Eduardo Biagi: Trabalhamos ao lado das associações promocionais, procurando contribuir de todas as maneiras possíveis para que seus objetivos sejam alcançados. Como exemplo, posso citar a realização de exposições especializadas no Parque Fernando Costa, como a Expoinel, no mês de setembro e o Congresso Mundial da Raça Brahman, que será realizado pela primeira vez no Brasil, neste mês de outubro.
DINHEIRO RURAL: Quais as expectativas para a pecuária nacional na próxima década?
Eduardo Biagi: Segundo relatório da FAO e OMC na próxima década o crescimento da demanda mundial de carnes crescerá mais de 23% e espera-se que este aumento de demanda seja atendido por poucos países, principalmente, pelo Brasil. A nossa oportunidade será grande e teremos que trilhar o caminho da profissionalização e da gestão sustentável para bem aproveitá-la.
DINHEIRO RURAL: O que está faltando para a implementação mais eficiente do sistema de rastreabilidade?
Eduardo Biagi: Está faltando racionalidade para implementar um sistema factível dentro das fazendas e que atenda à demanda de nossos clientes. Em um país com dimensões continentais como o nosso e com realidades produtivas tão diferentes, seria preciso um trabalho de orientação junto ao produtor rural, mostrando a importância da rastreabilidade, fazendo-o enxergar as suas vantagens e demonstrando suas recompensas.
DINHEIRO RURAL: Qual o compromisso da ABCZ no desenvolvimento da pecuária verde?
Eduardo Biagi: O compromisso é total. Há alguns anos transformamos a ExpoZebu, maior feira das raças zebuínas, em um palco de discussão da pecuária sustentável. Não só isso. No palco de decisões políticas e sanitárias importantes para a pecuária nacional. Especialmente quanto aos conceitos da pecuária verde, procuramos disseminar informações importantes sobre recuperação de pastagem, melhoramento genético, sistema silvipastoris, entre tantos outros aspectos através dos nossos veículos de comunicação, que são a Revista ABCZ, o ABCZ TV, o site da entidade e o Twitter.
DINHEIRO RURAL: Quais os principais diferenciais de produção com sustentabilidade do rebanho brasileiro em relação ao resto do mundo?
Eduardo Biagi: Os principais diferenciais são a predominância do gado zebu, perfeitamente adaptado ao nosso clima e o sistema de manejo com cria, recria e engorda à pasto. Assim é possível alcançar mais produção de carne e leite com menos uso de produtos químicos, de alimentos concentrados e com produção de carne natural e leite mais saudável.
DINHEIRO RURAL: Qual o posicionamento da ABCZ sobre o novo código ambiental?
Eduardo Biagi: A ABCZ acredita que, não importa as razões que nos trouxeram até a situação atual, que é de total insegurança jurídica no campo. Esta situação precisa mudar e, sem dúvida, o Código Florestal deve ser revisto de forma que adequemos preservação e produção.
DINHEIRO RURAL: Qual a opinião do senhor em relação a campanhas nos moldes realizados pelos supermercados e por alguns frigoríficos, que não compram carne produzida na região amazônica?
Eduardo Biagi: Ao invés de buscarem juntos, a adequação da forma de produção da cadeia produtiva, alguns setores elegem formas mais “simplificadas” para tentar ganhar a confiança do consumidor final. Infelizmente, tais atitudes não resolvem o problema, além de marginalizar a figura do produtor rural, uma vez que a sociedade, por desconhecer o funcionamento do setor, pode ser levada a generalizar a imagem de um setor produtivo que tanto contribui para a economia nacional.
DINHEIRO RURAL: O Brasil vai atingir a meta de se tornar área livre de aftosa com vacinação em 2010?
Eduardo Biagi: Esta meta vem sendo discutida há pelo menos duas edições da ExpoZebu, durante as reuniões do FONESA (Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária). É uma meta bastante audaciosa, mas necessária. Mesmo que não consigamos alcançar essa meta no prazo determinado, é preciso iniciar o processo ainda que de forma lenta, gradual e segura para se alcançar o status livre sem vacinação. O que a ABCZ defende é que o circuito sul, principalmente os estados do Paraná e rio Grande do Sul, poderiam ser os primeiros a começar este processo e depois partir para outros circuitos, da região sudeste e centro-oeste e posteriormente nordeste e norte.
DINHEIRO RURAL: Recentemente a ABCZ prometeu que iria combater as suspeitas de fraudes em várias exposições no País. Como está esse processo? De fato aconteciam fraudes? Como isso prejudica o mercado brasileiro de gado de elite?
Eduardo Biagi: Estamos buscando uma melhoria contínua no processo de registro e na escrituração zootécnica realizada nas propriedades. Para isso, buscamos realizar auditorias, inclusive, com a contratação da PricewatterhouseCoopers, que tem nos ajudado a implantar diversas melhorias tanto nos processos internos quanto na orientação dos criadores. Os erros encontrados foram tratados segundo o nosso regulamento do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas (SRGRZ), com casos até de cancelamento de registros de animais e advertência aos criadores. O processo terá sequência por considerarmos que ele é de fundamental importância na qualidade do serviço de Registro Genealógico.
DINHEIRO RURAL: Como a ABCZ se faz representar junto ao poder político?
Eduardo Biagi: A ABCZ é uma entidade apartidária. Ao longo dos anos, graças ao trabalho sério da entidade em prol do produtor rural, conseguimos conquistar o respeito político nas várias esferas públicas. Por isso, quando requerem a presença de representantes do setor pecuário em qualquer discussão política, a ABCZ é convidada e se faz presente, seja por meio de sua diretoria ou de seus conselheiros estaduais. Além disso, a própria ABCZ promove reuniões específicas com diversos setores políticos.
DINHEIRO RURAL: A ABCZ tem firmado parcerias com entidades governamentais? Com quem e quais os objetivos?
Eduardo Biagi: A principal parceria da ABCZ é com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, uma vez que executamaos o Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas. A parceria é tão valiosa para ambas as partes que, há setenta e cinco anos, vem sendo mantida. Além disso, temos outras parcerias importantes em nível estadual, como o caso das entidades de extensão rural nos estados, como por exemplo, a EMATER/MG, que nos auxilia a desenvolver o Pró-Genética, a Embrapa, além de sindicatos e federações de produtores, etc.
DINHEIRO RURAL: Na área internacional, quais os avanços da ABCZ?
Eduardo Biagi: Nos últimos sete anos, a ABCZ intensificou o trabalho internacional a partir de uma parceria firmada com a APEX Brasil. Estamos divulgando o zebu e as potencialidades da pecuária brasileira para o mundo. Avançamos muito na negociação internacional com vários países, em relação aos protocolos sanitários. Temos em função deste trabalho, um aumento em quantidade e na qualidade de visitantes internacionais, sendo que na última ExpoZebu recebemos mais de 500 visitantes, em sua maioria de empresários rurais e formadores de opinião.
DINHEIRO RURAL: Qual tem sido o posicionamento da ABCZ em relação aos freqüentes embargos que a carne brasileira sofre no mercado internacional?
Eduardo Biagi: Como mais uma tentativa protecionista de segmentos do mercado, que são menos competitivos do que nós.
DINHEIRO RURAL: Qual o principal desafio em presidir a maior entidade classista do setor pecuário mundial?
Eduardo Biagi: Os desafios são vários. O principal deles é fazer com que a ABCZ continue contribuindo para o aumento sustentável da produção mundial da carne e leite, através do registro, melhoramento genético e da promoção das raças zebuínas. O pecuarista tem demonstrado nos últimos anos um grande interesse em produzir de maneira sustentável e para nós da ABCZ a melhor forma de alcançar este objetivo é através, sobretudo, do melhoramento genético. Quando você utiliza a tecnologia necessária para a boa condução da pecuária a pasto, antecipa o período de abate e aumenta a produção por área, você consequentemente, caminha para a sustentabilidade do negócio. É nisso que a ABCZ vem trabalhando há anos, e é isso, que vai fazer a pecuária brasileira continuar sendo destaque em todo o mundo. Já somos referência em produção. Em um espaço curto de tempo, o Brasil será reconhecido também como referência em melhoramento genético.
DINHEIRO RURAL: Qual o tamanho do rebanho brasileiro sob responsabilidade da ABCZ?
Eduardo Biagi: A ABCZ é a entidade responsável pelo registro genealógico das raças zebuínas brahman, gir, gir leiteiro, guzerá, indubrasil, nelore, sindi e tabapuã, e ainda de alguns cruzamentos como o tababel e o guzolando. Nela estão registrados os animais que além de terem suas genealogias conhecidas, possuem as características raciais e morfológicas adequadas à sua raça. Atualmente, o rebanho nacional registrado na ABCZ é de aproximadamente 1,5 milhões de animais zebuínos. Quanto ao rebanho comercial, estima-se que no Brasil, aproximadamente 80% do rebanho nacional, tenha algum grau de sangue zebuíno.
DINHEIRO RURAL: Qual a participação das raças zebuínas na produção de carne e leite no Brasil?
Eduardo Biagi: Como disse anteriormente, 80% do rebanho nacional possui sangue zebu. Por isso, boa parte da produção total de carne e leite deriva dessa porcentagem de gado zebuíno. As raças zebuínas com aptidão de corte, especialmente, o nelore contribuem com quase a totalidade do que é produzido no país. Em relação ao leite, sabemos que a contribuição do zebu também é bastante expressiva, graças às raças com boa aptidão leiteira como o gir, o sindi e o guzerá. O gir, em especial, colabora de forma expressiva com a pecuária leiteira uma vez que o cruzamento com o holandês dá origem ao gado girolando, uma raça nacional que apresenta boa produtividade leiteira e adaptabilidade ao clima dos trópicos.
DINHEIRO RURAL: Quais os principais programas da ABCZ?
Eduardo Biagi: Os principais programas da ABCZ convergem para uma das prioridades centrais da entidade, como disse anteriormente: o melhoramento genético. Ano após ano estamos consolidando o Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (PMGZ), ampliando as provas zootécnicas que o compõe, como as provas de ganho em peso e o controle leiteiro. Além disso, estamos promovendo anualmente a ExpoGenética, como uma forma de incentivar o produtor a utilizar os dados científicos gerados pelos programas de melhoramento do Brasil. Outro programa que é prioritário para nós é o Pró-Genética. Através dele, queremos transformar a qualidade dos rebanhos dos pequenos e médios produtores brasileiros, fazendo que as características produtivas do zebu cheguem às pequenas e médias propriedades em maior proporção. Além da melhoria dos produtos gerados por estes produtores, queremos melhorar a renda e a sustentabilidade da atividade.
DINHEIRO RURAL: A ABCZ tem se caracterizado pela implantação de ações conjuntas com associações de raça. Quais as que merecerão destaque em sua gestão?
Eduardo Biagi: Trabalhamos ao lado das associações promocionais, procurando contribuir de todas as maneiras possíveis para que seus objetivos sejam alcançados. Como exemplo, posso citar a realização de exposições especializadas no Parque Fernando Costa, como a Expoinel, no mês de setembro e o Congresso Mundial da Raça Brahman, que será realizado pela primeira vez no Brasil, neste mês de outubro.
DINHEIRO RURAL: Quais as expectativas para a pecuária nacional na próxima década?
Eduardo Biagi: Segundo relatório da FAO e OMC na próxima década o crescimento da demanda mundial de carnes crescerá mais de 23% e espera-se que este aumento de demanda seja atendido por poucos países, principalmente, pelo Brasil. A nossa oportunidade será grande e teremos que trilhar o caminho da profissionalização e da gestão sustentável para bem aproveitá-la.
DINHEIRO RURAL: O que está faltando para a implementação mais eficiente do sistema de rastreabilidade?
Eduardo Biagi: Está faltando racionalidade para implementar um sistema factível dentro das fazendas e que atenda à demanda de nossos clientes. Em um país com dimensões continentais como o nosso e com realidades produtivas tão diferentes, seria preciso um trabalho de orientação junto ao produtor rural, mostrando a importância da rastreabilidade, fazendo-o enxergar as suas vantagens e demonstrando suas recompensas.
DINHEIRO RURAL: Qual o compromisso da ABCZ no desenvolvimento da pecuária verde?
Eduardo Biagi: O compromisso é total. Há alguns anos transformamos a ExpoZebu, maior feira das raças zebuínas, em um palco de discussão da pecuária sustentável. Não só isso. No palco de decisões políticas e sanitárias importantes para a pecuária nacional. Especialmente quanto aos conceitos da pecuária verde, procuramos disseminar informações importantes sobre recuperação de pastagem, melhoramento genético, sistema silvipastoris, entre tantos outros aspectos através dos nossos veículos de comunicação, que são a Revista ABCZ, o ABCZ TV, o site da entidade e o Twitter.
DINHEIRO RURAL: Quais os principais diferenciais de produção com sustentabilidade do rebanho brasileiro em relação ao resto do mundo?
Eduardo Biagi: Os principais diferenciais são a predominância do gado zebu, perfeitamente adaptado ao nosso clima e o sistema de manejo com cria, recria e engorda à pasto. Assim é possível alcançar mais produção de carne e leite com menos uso de produtos químicos, de alimentos concentrados e com produção de carne natural e leite mais saudável.
DINHEIRO RURAL: Qual o posicionamento da ABCZ sobre o novo código ambiental?
Eduardo Biagi: A ABCZ acredita que, não importa as razões que nos trouxeram até a situação atual, que é de total insegurança jurídica no campo. Esta situação precisa mudar e, sem dúvida, o Código Florestal deve ser revisto de forma que adequemos preservação e produção.
DINHEIRO RURAL: Qual a opinião do senhor em relação a campanhas nos moldes realizados pelos supermercados e por alguns frigoríficos, que não compram carne produzida na região amazônica?
Eduardo Biagi: Ao invés de buscarem juntos, a adequação da forma de produção da cadeia produtiva, alguns setores elegem formas mais “simplificadas” para tentar ganhar a confiança do consumidor final. Infelizmente, tais atitudes não resolvem o problema, além de marginalizar a figura do produtor rural, uma vez que a sociedade, por desconhecer o funcionamento do setor, pode ser levada a generalizar a imagem de um setor produtivo que tanto contribui para a economia nacional.
DINHEIRO RURAL: O Brasil vai atingir a meta de se tornar área livre de aftosa com vacinação em 2010?
Eduardo Biagi: Esta meta vem sendo discutida há pelo menos duas edições da ExpoZebu, durante as reuniões do FONESA (Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária). É uma meta bastante audaciosa, mas necessária. Mesmo que não consigamos alcançar essa meta no prazo determinado, é preciso iniciar o processo ainda que de forma lenta, gradual e segura para se alcançar o status livre sem vacinação. O que a ABCZ defende é que o circuito sul, principalmente os estados do Paraná e rio Grande do Sul, poderiam ser os primeiros a começar este processo e depois partir para outros circuitos, da região sudeste e centro-oeste e posteriormente nordeste e norte.
DINHEIRO RURAL: Recentemente a ABCZ prometeu que iria combater as suspeitas de fraudes em várias exposições no País. Como está esse processo? De fato aconteciam fraudes? Como isso prejudica o mercado brasileiro de gado de elite?
Eduardo Biagi: Estamos buscando uma melhoria contínua no processo de registro e na escrituração zootécnica realizada nas propriedades. Para isso, buscamos realizar auditorias, inclusive, com a contratação da PricewatterhouseCoopers, que tem nos ajudado a implantar diversas melhorias tanto nos processos internos quanto na orientação dos criadores. Os erros encontrados foram tratados segundo o nosso regulamento do Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas (SRGRZ), com casos até de cancelamento de registros de animais e advertência aos criadores. O processo terá sequência por considerarmos que ele é de fundamental importância na qualidade do serviço de Registro Genealógico.
DINHEIRO RURAL: Como a ABCZ se faz representar junto ao poder político?
Eduardo Biagi: A ABCZ é uma entidade apartidária. Ao longo dos anos, graças ao trabalho sério da entidade em prol do produtor rural, conseguimos conquistar o respeito político nas várias esferas públicas. Por isso, quando requerem a presença de representantes do setor pecuário em qualquer discussão política, a ABCZ é convidada e se faz presente, seja por meio de sua diretoria ou de seus conselheiros estaduais. Além disso, a própria ABCZ promove reuniões específicas com diversos setores políticos.
DINHEIRO RURAL: A ABCZ tem firmado parcerias com entidades governamentais? Com quem e quais os objetivos?
Eduardo Biagi: A principal parceria da ABCZ é com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, uma vez que executamaos o Serviço de Registro Genealógico das Raças Zebuínas. A parceria é tão valiosa para ambas as partes que, há setenta e cinco anos, vem sendo mantida. Além disso, temos outras parcerias importantes em nível estadual, como o caso das entidades de extensão rural nos estados, como por exemplo, a EMATER/MG, que nos auxilia a desenvolver o Pró-Genética, a Embrapa, além de sindicatos e federações de produtores, etc.
DINHEIRO RURAL: Na área internacional, quais os avanços da ABCZ?
Eduardo Biagi: Nos últimos sete anos, a ABCZ intensificou o trabalho internacional a partir de uma parceria firmada com a APEX Brasil. Estamos divulgando o zebu e as potencialidades da pecuária brasileira para o mundo. Avançamos muito na negociação internacional com vários países, em relação aos protocolos sanitários. Temos em função deste trabalho, um aumento em quantidade e na qualidade de visitantes internacionais, sendo que na última ExpoZebu recebemos mais de 500 visitantes, em sua maioria de empresários rurais e formadores de opinião.
DINHEIRO RURAL: Qual tem sido o posicionamento da ABCZ em relação aos freqüentes embargos que a carne brasileira sofre no mercado internacional?
Eduardo Biagi: Como mais uma tentativa protecionista de segmentos do mercado, que são menos competitivos do que nós.
ABCZ participa do 3° Seminário Vitrine da Raça Guzerá
O 3° Seminário Vitrine da Raça Guzerá, realizado no dia 8 de outubro na Fazenda Ygarapés, em Jampruga (MG), contou em sua programação com palestra sobre o programa Pró-Genética. A gerente de Melhoramento Genético do PMGZ/Leite, Mariana Alencar, abordou o tema, enfocando o uso de reprodutores avaliados pelo programa.
O Pró-Genética realiza feiras regionais em todo o estado para a venda de touros de alta qualidade genética. Os animais comercializados devem atender a uma série de exigências sanitárias e de desempenho produtivo. O programa viabiliza a compra financiada de touros melhoradores pelos pecuaristas com rebanhos de até 160 cabeças (até 100 vacas). O objetivo é melhorar a qualidade do rebanho bovino comercial e contribuir para criação de mecanismos que aumentem a produção e a renda do pequeno e médio produtor rural.
O 3° Seminário Vitrine da Raça Guzerá contou com mais de 80 produtores e as palestras foram focadas no programa de seleção para leite da raça guzerá e seus resultados, além do Pró-Genética. O evento aconteceu na propriedade do criador José Transfiguração Figueiredo.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
ABCZ estreia na INOVATEC 2010
Ferramentas para promover o melhoramento genético das raças zebuínas foram uma das novidades da 6ª Feira de Inovação Tecnológica (INOVATEC 2010), que aconteceu em Belo Horizonte (MG), entre os dias 5 e 8 de outubro, no Expominas. Os visitantes conheceram o Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ), que permite identificar bovinos de alta qualidade genética para produção de carne ou leite. Estreante na INOVATEC, a ABCZ, entidade responsável pela criação e execução do PMGZ, foi a empresa âncora do Setor Tecnológico do Agronegócio na INOVATEC. O gerente do Departamento de Provas Zootécnicas da ABCZ, Ismar Carneiro, apresentou as vantagens do PMGZ em um estande conjunto com outras entidades do setor, entre elas o Polo de Excelência em Genética Bovina.
Além do agronegócio, outros dez setores participaram da feira. Empresas, universidades, instituições de ciência e tecnologia, pesquisadores e governos realizaram durante os quatro dias do evento o intercâmbio de novas tecnologias, processos, produtos e serviços. Segundo o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal, “a feira cria em Minas um ambiente efetivamente favorável à inovação porque é importante que as pessoas percebam aqui no estado uma facilidade de relacionamento e intercâmbio e um nível de confiança grande entre empresários, pesquisadores e governo. O evento vem cumprindo esse papel, com a presença maciça de empresários e de representações estrangeiras”, diz. A feira, que se tornou o maior evento de inovação e negócios do Brasil, ganha no próximo ano um novo nome: Fintec, Feira de Inovação, Negócios e Tecnologia.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Edição comemorativa de 25 anos da Globo Rural destaca colaboração do zebu para a pecuária nacional
A Edição nº 300 da Revista Globo Rural (edição comemorativa de 25 anos), do mês de outubro de 2010, traz como matéria de capa "a saga dos fazendeiros brasileiros que, ao trazerem gado zebu da Índia, revolucionaram a pecuária de corte e levaram o Brasil à liderança entre os maiores exportadores de carne do mundo". Na reportagem, o jornalista Sebastião Nascimento e o repórter fotográfico Ernesto de Souza narram a trajetória do gado zebu desde a Índia até o Brasil e sua importância para a pecuária de corte do Brasil. O texto traz importantes relatos de criadores como Francisco José de Carvalho Neto (Chico), Torres Lincoln Prata Cunha, Eduardo Penteado, Jaiminho Miranda e o presidente da ABCZ, Eduardo Biagi. Vale a pena conferir! (Pag 32a 40).
Reportagem "China a caminho da modernidade"
Já entre as páginas 68 e 76 da Revista Globo Rural, o leitor pode conferir um especial sobre a China, um importante mercado para os produtos agropecuários brasileiros. Nesta reportagem, a participação da ABCZ se dá através de entrevista concedida pelo gerente de Relações Internacionais da entidade, Gerson Simão.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Inscrições abertas para Curso de Julgamento no RJ
Marcado para acontecer nos dias 29 e 30 de outubro, o Curso de Noções em Morfologia e Julgamento de Zebuínos está com inscrições abertas. O evento será realizado na Fazenda Santa Tereza, em Três Rios (RJ), e é oficializado pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ).
Composto por aulas práticas e teóricas, o curso possibilita aos participantes o conhecimento das características morfológicas relacionadas à produtividade, funcionalidade e padrão racial das raças zebuínas. O evento ainda permite aos alunos participarem como jurados de julgamentos simulados.
A parte teórica terá palestras sobre critérios de julgamento, exterior de zebuínas, ABCZ e sua estrutura, entre outros assuntos. As palestras serão ministradas pelo superintendente técnico-adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado, e pela técnica da associação no Rio de Janeiro, Eliana Rezende Ferreira. Já as aulas práticas incluem julgamento de várias raças zebuínas.
O curso é pré-requisito para quem pretende entrar para o quadro de jurados da ABCZ, mas também é bastante procurado por pecuaristas, profissionais do setor pecuário, administradores rurais, jornalistas e estudantes.
A organização do curso está a cargo do zootecnista Roberto Vilhena, que também é responsável pelas inscrições. Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail progenie@progeniegenetica.com.br
Composto por aulas práticas e teóricas, o curso possibilita aos participantes o conhecimento das características morfológicas relacionadas à produtividade, funcionalidade e padrão racial das raças zebuínas. O evento ainda permite aos alunos participarem como jurados de julgamentos simulados.
A parte teórica terá palestras sobre critérios de julgamento, exterior de zebuínas, ABCZ e sua estrutura, entre outros assuntos. As palestras serão ministradas pelo superintendente técnico-adjunto de Melhoramento Genético da ABCZ, Carlos Henrique Cavallari Machado, e pela técnica da associação no Rio de Janeiro, Eliana Rezende Ferreira. Já as aulas práticas incluem julgamento de várias raças zebuínas.
O curso é pré-requisito para quem pretende entrar para o quadro de jurados da ABCZ, mas também é bastante procurado por pecuaristas, profissionais do setor pecuário, administradores rurais, jornalistas e estudantes.
A organização do curso está a cargo do zootecnista Roberto Vilhena, que também é responsável pelas inscrições. Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail progenie@progeniegenetica.com.br
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